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Foto: Tribuna do Norte - Reprodução |
O vice-governador de Minas Gerais,
o dono da JBS Joesley Batista, e mais dez foram presos nesta sexta-feira (9) em
uma operação que investiga suposto esquema de corrupção no Ministério da
Agricultura durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
São 19 mandados de prisão temporária, um deles contra o ex-presidente da
Câmara Eduardo Cunha (MDB), preso no Paraná. O mandado contra ele ainda não foi
cumprido.
Os agentes fizeram buscas no gabinete do vice-governador de MG. Ele foi
preso em uma fazenda em Vazante, no Noroeste de Minas Gerais. Os mandados foram
expedidos pelo TRF 1ª Região. Batizada de Capitu, a operação é um desdobramento
da Lava Jato e feita em conjunto com a Receita Federal. A operação é baseada na
delação do doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador do MDB. Segundo as
investigações, havia um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério
da Agricultura para beneficiar políticos do MDB, que recebiam dinheiro da JBS,
que pertencem aos irmãos Joesley e Wesley Batista, em troca de medidas para
beneficiar as empresas do grupo. Ainda de acordo com as investigações, empresas
doavam dinheiro para políticos e partidos. Duas grandes redes varejistas de
Minas Gerais atuavam no esquema, por meio de seus controladores e diretores.
O esquema
Segundo as investigações, Antônio Andrade teria beneficiado a JBS com
decretos quando era ministro da Agricultura, no governo Dilma. Ele teria
determinado a regulamentação da exportação de despojos, a proibição do uso da
ivermectina de longa duração – droga antiparasita – e a federalização das
inspeções de frigoríficos. O Grupo JBS teria pagado R$ 2 milhões pela
regulamentação da exportação de despojos e R$ 5 milhões na proibição da
ivermectina de longa duração. Se indiciados, os envolvidos vão responder pelos
crimes de constituição, participação em organização criminosa, obstrução de
Justiça, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Em Minas Gerais, alguns supermercados estariam envolvidos no
esquema.
A operação
Batizada de Capitu, a operação
é um desdobramento da Lava Jato e feita em conjunto com a Receita
Federal. A operação é baseada na delação do doleiro Lúcio Funaro, operador do
MDB. De acordo com as investigações, empresas doavam dinheiro irregularmente
para políticos e partidos. Segundo as investigações, havia um esquema de
arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura para beneficiar
políticos do MDB, que recebiam dinheiro da JBS, empresa dos irmãos Joesley e
Wesley Batista. Em troca, empresas do grupo eram beneficiadas. Duas grandes
redes varejistas de Minas Gerais atuavam no esquema, por meio de seus
controladores e diretores. As redes varejistas se aproveitavam do grande fluxo
de caixa para lavar o dinheiro que era doado a partidos e políticos. O esquema
operou entre agosto de 2014 e fevereiro de 2015.
LISTA
DE PRESOS
·
Antonio Andrade, vice-governador de
Minas e ministro da Agricultura de março de 2013 a março de 2014
·
Joesley Batista, sócio da J&F,
dona da JBS
·
Ricardo Saud, ex-executivo da J&F
·
Demilton de Castro, ex-executivo da
J&F
·
João Magalhães, deputado estadual
pelo MDB de MG
· Neri Geller, deputado federal eleito
pelo PP de MT e ministro da Agricultura de março de 2014 a dezembro de 2015
·
Rodrigo Figueiredo, ex-secretário de
Defesa Agropecuária
·
Mateus de Moura Lima Gomes, advogado
·
Mauro Luiz de Moura Araújo, advogado
·
Ildeu da Cunha Pereira, advogado
·
Marcelo Pires Pinheiro
·
Fernando Manoel Pires Pinheiro
Num primeiro momento, Saud não havia sido localizado, e a PF chegou a
dizer que ele estava no exterior. Mais tarde, entretanto, foi confirmada a
prisão do executivo.
MANDADOS NÃO CUMPRIDOS
·
Waldir Rocha Pena, sócio do
supermercado BH, que estaria no Uruguai
·
Florisvaldo Caetano de Oliveira,
funcionário da JBS
·
Odo Adão filho, advogado
Fonte: goo.gl/VSfZjz
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